Chico Doido de Caicó

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Chico Doido de Caicó
Nascimento 1922
Morte 1991
Cidadania Brasil
Ocupação escritor, poeta

Francisco Manoel de Souza Forte, conhecido como Chico Doido de Caicó, foi um poeta brasileiro, autor de poesias erótico/debochadas.

Nascido em Caicó, no Rio Grande do Norte, em 1922, Chico Doido faleceu em 1991, na cidade de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Pouco se sabe sobre a vida de Francisco Manoel de Souza Forte. Nos anos 40, saiu de Caicó e foi servir na Marinha Mercante. Nos anos 50, residiu em Natal.

Chico Doido nos últimos anos de vida frequentou a famosa Feira de São Cristovão, no Rio, onde divulgaria seu trabalho. Pouco antes de sua morte foi descoberto por Nei Leandro de Castro e Moacy Cirne, que passou a divulgar seus poemas.

Repercussão[editar | editar código-fonte]

Após ser apresentado aos poemas de Chico Doido por Nei Leandro de Castro, Moacy Cirne passou a publicá-los em seu fanzine-panfleto Balaio Porreta a partir de 1991.

Em 1993, foi lançado postumamente à Academia Brasileira de Letras.

Em 1994, foi (postumamente, e representado por Cirne) "patrono" da turma de formandos de Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense [1]

Em 2002, Cirne e Nei Leandro publicaram a coletânea "69 Poemas de Chico Doido de Caicó" (Natal: Sebo Vermelho, 2002)

Teatro[editar | editar código-fonte]

Pouco após a publicação da coletânea, foi tema da peça Chico Doido de Caicó, dirigida pelo ator Leon Góes, permanecendo em cartaz por dois meses no Teatro Vila Lobos. A peça gerou repercussão suficiente para que fosse publicado um artigo sobre Chico Doido no jornal francês Le Monde.[2]

Cinema[editar | editar código-fonte]

O filme "Chico Doido de Caicó" teve suas filmagens iniciadas em 2021, dirigido também pelo ator Leon Góes.[3][4] O filme é uma ode às figuras emblemáticas da cultura popular do Rio Grande do Norte, surgindo do anseio de Leon Góes em preservar a memória daqueles que se nutrem da tradição oral, demonstrando como suas narrativas e identidades ecoam através das gerações na consciência coletiva.

Na trama fictícia concebida por Leon Góes, o marinheiro conhecido como Francisco Manoel de Souza Forte, ou Chico Doido, ressurge do além para acertar contas com Margareth, seu grande amor.

Acompanhado por seu Anjo da Guarda e pela própria Dona Morte, ele empreende uma busca pela amada, cruzando os caminhos imaginários de sua terra natal e encontrando uma miríade de personagens reais e fictícios de diversas origens.

Nomes mencionados no livro "69 Poemas de Chico Doido de Caicó" são incorporados à trama, incluindo os poetas Moisés Sesyon, Zé Limeira e Zé Areia, assim como a figura da Mãe de Pantanha, além de poetas de outras regiões distantes e épocas históricas, como Gregório de Matos e Augusto dos Anjos.

Referências

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